domingo, 29 de julho de 2012

Guia de leitura em Análise do Comportamento

(Texto originalmente publicado no Comporte-se)

É comum que nós do Comporte-se recebamos pedidos de dicas de material de leitura sobre diversos temas relacionados ao Behaviorismo Radical e à Análise do Comportamento – desde a visão da abordagem sobre determinados assuntos de interesse da Psicologia, como psicopatologias ou comportamentos específicos, até aqueles mais gerais, para quem está começando a se interessar pela abordagem (ou, para ser justa, mesmo pra quem não se interessa, mas precisa, por motivo de força maior, fazer algum trabalho de faculdade ou coisa assim). Com isso, resolvi reunir as dicas que costumo passar mais frequentemente neste texto, pois elas podem ser úteis para aqueles que estão mais “perdidos”, ou mesmo para aqueles que já conhecem um pouco, mas querem mais sugestões de leitura. 

1. Sobre o Behaviorismo Radical de Skinner

Entender a filosofia por trás da Análise do Comportamento não é a tarefa mais fácil pra quem dá de cara com ela, nos primeiros momentos da sua formação. “Como assim, não existe mente?”, “Mas por que experimentos com ratos, se eles são tão diferentes dos humanos?”, “E o cérebro, que papel tem nisso tudo?”, “E o inconsciente, não existe também?”, “E os sentimentos, pensamentos, e a alma, a Vida, o Universo e Tudo Mais?”. Nenhum behaviorista radical nasceu behaviorista radical (imagina... não viramos behavioristas por motivos natos e sim aprendidos!), então todo mundo passa ou passou por algum questionamento desse tipo. É mais do que normal se enrolar todo quando se conhece os pressupostos do BR/AC – já que eles vão de encontro a muitas das ideias que temos sobre Psicologia no senso comum, e mesmo quanto a outras abordagens. (Tem quem não só se enrole, mas rejeite de cara essas ideias, o que é uma pena... Mas se você leu até aqui, é porque está a fim de dar mais uma chance a elas, espero!)

Um livro que se presta justamente a apresentar tais ideias, como o título já diz, é o Compreender o Behaviorismo, de William Baum. O autor apresenta aspectos filosóficos e conceituais de forma muito didática e completa, acessível para qualquer estudante dedicado que queira uma boa introdução ao mundinho behaviorista (que, aliás, é um mundão, indo desde os aspectos mais básicos do comportamento humano e animal até os mais abrangentes, como cultura, evolução da espécie, ciência e desenvolvimento da psicologia como tal).


E, para ajudar a resolver a confusão entre o Behaviorismo de Watson – que se convencionou chamar de Metodológico – e o Radical de Skinner, um texto simples e fácil de ler é a palestra “Behaviorismo Metodológico e Behaviorismo Radical”, de Maria Amélia Matos, disponível aqui. Matos fala dos pontos-chave de duas das etapas mais conhecidas da teoria comportamentalista e ajuda a entender as diferenças fundamentais entre elas.

domingo, 15 de julho de 2012

Enquanto isso, no laboratório de AEC...


Encontrei pelo Twitter e traduzi essa charge. Quem tem uma pontinha de paranoia como eu já pensou sobre como é ser sujeito experimental desses ratinhos malvados.