quinta-feira, 23 de julho de 2015

Escrever, escrever, escrever

Tenho pensado muito em escrever mais sobre feminismo pro blog e sinto bastante dificuldade. Assim que escrevo dois parágrafos, tenho vontade de jogar fora. Uma das maiores dificuldades que sinto é de conectar o feminismo ao behaviorismo radical, que é a tradição filosófica que eu estudo na psicologia.

Não por achar que não há nada a dizer, pelo contrário. Entrei no mestrado justamente por um campo vastíssimo se abrir sobre isso a cada vez em que penso no assunto. Existe muito pouca coisa publicada sobre isso (a maioria de uma mesma autora, a Maria Ruiz; e são artigos contados nos dedos das duas mãos). Então, qualquer coisa é novidade.

O problema parece ser justamente esse. Sinto como se estivesse sempre balbuciando, começando de premissas muito básicas que precisam ser esclarecidas, enquanto outras áreas estão a anos-luz de nós. É meio chato. Além do mais, o behaviorismo radical é uma corrente maldita - não falamos bonito, não temos frases de efeito sobre como funciona o mundo e não fazemos o estilo "de humanas". Não atraímos atenção. Qualquer coisa misógina que o Freud tenha dito tem mil defesas feministas. O behaviorismo radical, não.

Internalista, né? Mas é isso.


quarta-feira, 22 de julho de 2015

Skinner e o fluxo da consciência

A gente se acha muito geração Y e muito dispersa e muito "será que tenho TDAH" e muito procrastinadora por culpa do Facebook (e do Twitter, e do Tumblr, e do WhatsApp, e de tudo o mais em que se possa pôr a culpa...).

Mas o Skinner tinha o mesmo problema, como se pode ver no manuscrito não-publicado (procrastinado?) do texto The Stream of Consciousness.

"A despeito de todo o esforço de eliminar linhas de atividade improdutivas eu ainda me encontro trabalhando em muitos - todos fascinantes - campos. Aqui estão algumas coisas que 'vêm à mente' enquanto ouço música deitado numa manhã de domingo: [...]"



(texto via B.F. Skinner Foundation)