Tenho pensado muito em escrever mais sobre feminismo pro blog e sinto bastante dificuldade. Assim que escrevo dois parágrafos, tenho vontade de jogar fora. Uma das maiores dificuldades que sinto é de conectar o feminismo ao behaviorismo radical, que é a tradição filosófica que eu estudo na psicologia.
Não por achar que não há nada a dizer, pelo contrário. Entrei no mestrado justamente por um campo vastíssimo se abrir sobre isso a cada vez em que penso no assunto. Existe muito pouca coisa publicada sobre isso (a maioria de uma mesma autora, a Maria Ruiz; e são artigos contados nos dedos das duas mãos). Então, qualquer coisa é novidade.
O problema parece ser justamente esse. Sinto como se estivesse sempre balbuciando, começando de premissas muito básicas que precisam ser esclarecidas, enquanto outras áreas estão a anos-luz de nós. É meio chato. Além do mais, o behaviorismo radical é uma corrente maldita - não falamos bonito, não temos frases de efeito sobre como funciona o mundo e não fazemos o estilo "de humanas". Não atraímos atenção. Qualquer coisa misógina que o Freud tenha dito tem mil defesas feministas. O behaviorismo radical, não.
Internalista, né? Mas é isso.