segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O transtorno de personalidade múltipla – uma visão analítico-comportamental

Muitos transtornos psicológicos são objeto de fascínio da população em geral. Os assim denominados transtornos de personalidade são parte de uma das categorias que mais desperta a atenção. Psicopatas, borderlines e narcisistas, entre outros, são fonte de diversas histórias e há tempos dão pano pra manga para as mais diversas discussões, sendo tema de livros, filmes, etc. Um dos transtornos mais curiosos talvez seja o transtorno de personalidade múltipla (MPD - Multi-Personality Disorder na sigla em inglês). 

O transtorno de personalidade múltipla é o diagnóstico que se aplica a uma pessoa que age, sente e lembra como se fosse mais de uma pessoa (Kohlemberg e Tsai, 1991), ou seja, tem vários “eus” em apenas um corpo, que pode ser visto inclusive de formas diferentes, como alguém de um outro sexo, de uma outra idade (de um idoso até mesmo a um bebê) e com características por vezes bastante diferentes do “eu” original, com preferências, formas de agir, habilidades, opiniões e mesmo lembranças e experiências até opostas às deste. Há algum ceticismo na comunidade psicológica sobre a existência desse transtorno como realmente um distúrbio isolado, dada a raridade da condição e mesmo a teatralidade inerente à esta, que exerce fascínio por si só e pode contribuir para a sua manifestação como tal. No entanto, podemos explicar o fenômeno a partir de uma visão analítico-comportamental. 

Ateia "deus-me-livre"

Qualquer ateu que tenha publicizado sua condição há algum tempo já levou uma bordoadinha por falar algo com Deus no meio. É só a gente soltar um "pelamordeDeus" ou um "Deus me livre" ou qualquer "meu Deeeeus" que já leva um "Hey, mas você é ateu, e tá aí falando em Deus! tsc...". Tem quem faça questão de chatear toda vez que a gente solta uma dessas. Pois bem, imagina uma situação como a da tirinha:

PORRA, DUDU!

Como comportamento verbal que é, falar de Deus vai depender do contexto e da história de vida do falante e do ouvinte e da comunidade verbal a que este pertence. Portanto, se estou falando de Deus, pode crer [/ironic] que não tem a ver com acreditar ou desacreditar, e sim me fazer entender (ou, mais tecnicamente, ser reforçado...). Em outras palavras: não me encham o saco e uso o nome de Deus, Jah, Buda, Jeová ou Ganesha se eu quiser. Fuck yeah.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

[Vídeo] Reforçamento positivo em The Big Bang Theory

The Big Bang Theory é uma série mais que hype no momento. Fazendo parte da catalisação da moda nerd que rola atualmente ("smart is the new sexy", como diz o personagem Wolowitz num episódio), o seriado traz gags hilárias recheadas de assunto desse estranho mundinho. Tem de tudo: de física avançada a cosplays tosquíssimos de personagens de quadrinhos, passando por madrugadas do RPG e as dificuldades com relações sociais, tão clássicas no nosso meio.

No episódio "The Gothowitz Deviation", da terceira temporada, uma das esquetes traz o Sheldon tentando modificar o comportamento da vizinha Penny por meio de reforçamento positivo. Veja:

"Did you? I didn't notice. Have a chocolate!"

sábado, 12 de novembro de 2011

Reforçadores generalizados

O que pode acontecer quando a gente troca as bolas e acha que reforçadores generalizados condicionados resolvem tudo: